O Eleito

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Catarina - Uma Resistência Grávida


Catarina estava grávida quando foi assassinada. Está grávida, estará grávida. Estava grávida dos filhos nascidos; dos que nasceriam.
O mito político de Catarina não assenta na sua gravidez, mas na sua resistência, bem como na resposta cega do pequeno poder arbitrário.
O exemplo resistente de Catarina inspirou outras mulheres e homens que avançaram perante canos apontados, apesar deles.
Foi um bom exemplo que lamento encontrar tão esquecido. Hoje, gostaria de ver outras Catarinas avançando, opondo-se, fazendo greve sem poder, mas fazendo-a por altruísmo. Eu queria que, juntos, como ela, passássemos fome por fazer greve, para que no futuro nenhum de nós passasse fome por estar calado, por permitir o que não é permissível.
Estes valores estão muito esquecidos. Calamo-nos escondidos entre as quatro paredes das nossas casas e deixamo-nos ser apoucados, roubados, porque, "o que se há-de fazer? Que podemos nós?"
Podemos o mesmo que Catarina. Podemos mudar, inspirar. Se lhe seguíssemos o exemplo, alheios a uma cor política, presos apenas a um ideal de justiça, estaríamos todos em avançado estado de gravidez, e os filhos que paríssemos seriam os mais perfeitos, os mais afortunados.

1 Comments:

Blogger Salvador said...

num mercado de concorrência você ganha tanto mais quanto você trabalhar, e se não está satisfeita pode ir procurar outra coisa para fazer.

a não ser que seja funcionária pública... aí, como você não depende do seu trabalho, e tem o seu emprego garantido à custa do contribuinte, quanto mais greves fizer mais lhe pagam.

acho que este post ignora completamente o mundo de hoje.

3:07 da manhã  

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