O Eleito

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Mobilização Geral

O Professor Cavaco continua fiel a si próprio. Enquanto Primeiro-Ministro sempre defendeu que era fundamental um clima de confiança na política e na economia que estimulasse psicologicamente os empresários ao investimento. Agora alarga essa necessidade de confiar à generalidade da Nação, pedindo que cada um se possa nela investir a si. Passou por conseguinte, de uma mobilização parcial à mais total que se consiga imaginar, neste contexto. A consagração barcelense de ontem decorreu com a iluminação que lhe acentuava as marcas do rosto, de modo a fazer passar a mais eficaz das mensagens de propaganda, a de que não a faz, podendo, inclusivé, prescindir dos truques de maquilhagem e de luz que os outros não dispensam, ao tentarem cativar/enganar os eleitores. A ligação entre estas duas linhas de força da campanha encontrou o seu instrumento privilegiado na evocação da «última oportunidade» nos próximos dez anos de, por escolha, o País, com sulcos mais graves do que os do candidato, ascender aos níveis de segurança e positividade que ele evidencia. Estamos perante a dramatização que colhe. Os outros, falando de perigos para o regime, ou para os trabalhadores, agitaram fantasmas em que ninguém crê. Deveriam ter aprendido com o provável vencedor como desfraldar uma bandeira que colasse.

2 Comments:

Blogger Biranta said...

Só "publicidade enganosa"-. O marketing nunca contribuiu, porque não pode, para resolver os nossos problemas... E também não engana a maioria; a vigarice do sistema eleitoral e a mentira dos resultados é que dão essa aparência. É essa vigarice que possibilita e "promove" todfas as outras...

12:56 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

Assino de Cruz, Caríssimo.
Um abraço.

7:14 da tarde  

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