Resposta Ao Repto 3
Para mim a alternativa ao Estado Social é um Estado Liberal, cuja sociedade assentaria em três princípios fundamentais: Liberdade, Responsabilidade e Solidariedade.
Liberdade: um Estado que gasta 50% da riqueza produzida nega ao indivíduo grande parte da sua liberdade: a liberdade económica, a liberdade de trabalhar para ter dinheirinho no bolso e gastá-lo como lhe apetecer; a liberdade de trabalhar mais do que os outros para ter mais; a liberdade de tomar opções sobre aquilo que é seu.
Responsabilidade: sem Responsabilidade não se pode merecer a Liberdade; cada um é responsável por si e pelo que lhe acontece.
Solidariedade: se já se estão a rir de um liberal começar a falar em Solidariedade então pensem nisto: o Homem sempre foi um ser que garantiu a sua sobrevivência através da Cooperação e da Solidariedade, faz parte da sua natureza; o que o Estado Social conseguiu fazer foi destruir este espírito, transferindo esta competências para uma instituição abstracta chamada Estado levando os indivíduos a negarem a solidariedade já que o dinheiro para ela já lhes foi descontado para esse efeito. Logicamente a Solidariedade do Estado provoca dois efeitos perversos: cria-se uma máquina estatal que não deixará de se alimentar a ela própria; para muitas pessoas vai compensar ser pobre porque se vai ter mais benefícios mesmo que sejam moralmente errados será cobertos pela lei.
O Estado numa sociedade liberal é fundamental: ele tem que ser pequeno e forte, impondo a ordem e a lei (desde que a lei não colida com os três princípios).
4 Comments:
A propósito da solidariedade:
O próprio conceito de seguro foi criado a partir do conceito de solidariedade.
A meu ver, este tipo de abordagens e "soluções" não adiantam nada. Tal como numa grande parte das medidas adoptaddas pelo actual governo, nestas abordagens, os cidadãos não são considerados como pessoas, mas como coisas.
No caso do governo, as medidas que toma são, claramente, CONTRA as pessoas; neste tipo de abordagens, pretendem-se soluções PARA as pessoas...
A meu ver todos os problemas são resolúveis se foram resolvidos (um a um) COM as pessoas.
Pode parecer "teoria", mas, na prática, dá resultados completamente diferentes.
Experimentem "abordar" uma qualquer questão concreta, tendo em conta este princípio, e verão que há uma enorme quantidade de procedimentos actuais, aberrantes, que têm de ser excluídos, enquanto que as "soluções" admissíveis se tornam muito mais eficazes.
Até no que se refere à solidariedade social. Se o governo, por exemplo, em vez de criar regras repressivas estúpidas, para vexar e "controlar" os desempregados, porque não colocá-los a fazer alguma coisa de útil? Há muitos milhares de coisas que podem ser feitas assim, melhorando a vida de todos, que vão desde tarefas manuais a organizativas...
Pois! Eu sei! Há muitos "interesses inconfessáveis" que perdem "espaço de manobra", com este tipo de medidas e que, por isso, boicotam tudo. Até para se poderem queixar dos "malandros" que estão no desemprego, quando, afinal, os desempregados precisam de perspectivas de vida, de ocupação, muito mais do que de subsídios e muito menos de vexames ainda mais destrutivos.
É só um exemplo, porque existem muitos, muitos outros...
Se fosse possível fazer com que as instituições actuassem assim, rapidamente estaríamos livres da "crise". Qualquer pessoa percebe que o facto de se aumentar a actividade só pode ser benéfico. Mas se alguém se lembrar de, com esta actual gente, propôr este tipo de coisas, conte, de imediato, até com proibições legais, porque, se elas não existirem, alguém as inventa, de certeza...
É por tudo isto que a idoneidade e o nível intelectual dos políticos é tão importante, para além da sua honestidade, é claro.
"criar regras repressivas estúpidas, para vexar e "controlar" os desempregados" - Quais regras ?
"porque não colocá-los a fazer alguma coisa de útil? " - De borla ?
"Há muitos milhares de coisas que podem ser feitas assim, melhorando a vida de todos" - Se for de borla, melhora a vida de todos, menos daquele que as faz.
é impossível pôr desempregados a fazer trabalho produtivo:
se o trabalho fosse produtivo eles não estariam desempregados, seria uma actividade a ser explorada
se não é produtivo o estado estaria a pagar dinheiro para pôr pessoas a trabalhar que ainda por cima recebiam o subsídio
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