O Eleito

terça-feira, novembro 22, 2005

Se ...

Cavaco foi questionado na entrevista da TVI, se na crise política de 2004 teria agido da mesma forma que Jorge Sampaio.

A pergunta é legítima, (como aliás foi a resposta), mas haveria outra ainda mais pertinente : Se Cavaco tivesse ganho em 1996, teria dissolvido o Parlamento em 2000, quando o pântano de Guterres começou a ser evidente ?

Estaríamos hoje em dia nesta crise económica, financeira e social se Cavaco Silva fosse neste momento Presidente ?

17 Comments:

Blogger José Raposo said...

Mário, se Cavaco fosse presidente quando Guterres se demitiu teria dissolvido o parlamento. Ou teria nomeado um primeiro-ministro?

12:42 da manhã  
Blogger Mário Almeida said...

Em resposta tua pergunta eu diria que espero que ele tivesse dissolvido. Eu não sou adepto de nomeações de PM pelo PR.

12:47 da manhã  
Blogger José Raposo said...

Então Mário, muito provavelmente estariamos na mesma... eu tb não sou de nomeações quando é possivel obter uma solução eleitoral e neste caso segundo consta o Sampaio até tenou encontrar uma solução dentro do PS e Guterres não deixou... tinha mesmo de ser assim com Sampaio ou Cavaco.

12:50 da manhã  
Blogger Mário Almeida said...

Desculpa José, mas não percebeste o meu post.

Tu estás a referir-te a 2002 quando Guterres de demitiu.

Eu estou a falar de 2000, quando já era perceptível para os economistas, inclusive Cavaco que escreveu sobre o assunto, se, diazia eu, se nessa altura Cavaco teria dissolvido o Parlamento por iniciativa própria.

9:54 da manhã  
Blogger José Raposo said...

Tem razão Mário, estava a confundir... uma pessoa com tantas dissoluções, demissões e fugas acaba por se baralhar. De qualquer forma mantenho que ele não teria dissolvido porque não havia nada que o indicasse. Não esqueça que nessa altura apesar da economia ter começado a dar sinais de perigo, era fácil culpar a entrada para o Euro de algumas alterações menos claras.

11:32 da manhã  
Blogger Biranta said...

Dentro destas lógicas (do dissolve, não dissolve, como e porquê) não há saídas possíveis: nem passadas, nem presentes... Mas o pior é que também não as há, no futuro! É mesma "a lógica", os critérios, que estão errados!
É o falar... falar... falar...
Não conseguem ser um pouco mais objectivos nos vossos raciocínios? É que "conversa", conceitos, conjecturas, teorias, nada adiantam, se não puderem ser concretizáveis... Produzindo alterações palpáveis e perceptíveis. É mesmo isso que falta para mobilizar os cidadãos, inclusive para votar...
Escusam! eu já percebi que há conversas e conversas, há propostas e propostas. Que há aquelas "conversas" que, porque "vêm a calhar" para a concretização de mais um objectivo inconfessável, têm "muita saída" e há as conversas e propostas, como as minhas que, porque não interessam a ninguém, a não ser à população e à resolução dos problemas do País, ficam silenciadas. Mas isso só me dá razão... Porque a realidade objectivo, da total ausência de soluções, de perspectivas e de esperanças, me confirma. Quem foi que disse que a censura acabou e que existe "liberdade de expressão", com "critérios tão perversos e premeditados"?

12:46 da tarde  
Blogger Mário Almeida said...

"Não esqueça que nessa altura apesar da economia ter começado a dar sinais de perigo, era fácil culpar a entrada para o Euro de algumas alterações menos claras. "

Posso concordar com isto, mas o certo é que Cavaco na altura disse que o orçamento de 2000 não devia ser aprovado.

2:41 da tarde  
Blogger José Raposo said...

Mas dizer isso nos jornais fora da presidência é uma coisa diferente... Se estivesse em Belém não se teria podido manifestar dessa forma e tinha de se aguentar com esse governo e esse orçamento. Isso sim, seria um precedente gravíssimo. Dissolver o parlamento baseado na ideia que o orçamento não é o melhor para o país é muito perigoso

8:00 da tarde  
Blogger Mário Almeida said...

De acordo. Seria um precedente perigoso, como foi o do Jorge Sampaio. (não estou a ser irónico, apenas a constatar um facto)
Até porque não teria como provar a sua razão, e comparando outra vez com Sampaio, a vitória, e por maioria, do PS, veio de certa forma legitimar, pelo menos politicamente, a sua decisão.
Seja como for, só um Presidente como Cavaco, ou seja economista, especialista em finanças públicas, etc, é que se poderia sequer a atrever a tomar uma decisão desse tipo.
No entanto, e visto à luz dos dias de hoje, teria sido uma decisão excelente de Sampaio. Claro que aqui as opiniões podem divergir.:-)

10:55 da tarde  
Blogger José Raposo said...

Claro que as opiniões podem divergir, mas imagino que Cavaco não o faria mesmo sendo um economista porque se alguma coisa temos aprendido nos ultimos anos é que os economistas não se conseguem entender...
As circunstancias da dissolução do governo de Santana Lopes por Sampaio são totalmente diferentes...

11:09 da tarde  
Blogger Salvador said...

no dia em que se dissolver um governo de esquerda por iniciativa de um Presidente da República que não é esquerdista vai haver pedidos de levantamento popular e de intervenção das forças armadas. não digo que se concretizem mas que estou certo de que alguns sectores o pedirão.

12:20 da manhã  
Blogger José Raposo said...

Salvador, isso carece de uma comprovação, até porque nunca tivemos um presidente de direita. No entanto já tivemos presidentes de esquerda que não dissolveram governos de direita...

10:16 da manhã  
Blogger Biranta said...

Pois eu resolvia a questão duma maneira muito simples: peranrte o arrastar de crises sem fim à vista e constatada a ausência de imaginação dos "Conselheiros", fazia a pergunta ao povo. Uma pergunta muito simples: - Sente-se representado no desempenho do parlamento e do Governo?
Sim, porque o estes órgãos devem representar o povo; mormente o parlamento.
Imaginem a resposta... e a pressão que isso colocaria na forma de fazer política.
Mas isso seria eu, que sei como se resolvem os nossos problemas, inclusive os problemas económicos e seria capaz de "segurar as rédeas" das situação.
Sim porque ninguém ignora que, para se poder contestar, eficientemente, uma forma de actuar é necessário ter ideia de como actuar correctamente...

12:02 da tarde  
Blogger José Raposo said...

Biranta, não quero questionar a certeza que tem de saber qual a resolução dos nossos problemas. Mas julgo que aqui se pretendem expressar várias opiniões não sendo estritamente necessário que cada um de nós apresente um programa de governo como condicionante para poder dizer o que quer que seja. Embora possa considerar que os nossos pontos de vista carecem de objectividade não me parece que isso seja impeditivo de uma saudável discussão.

2:14 da tarde  
Blogger Biranta said...

Peço desculpa! Nem eu pretendi tal coisa!
Na verdade, ao nóvel da discussão, num sítio destes, TUDO é legítimo. O mesmo não se passa no exercício de funções políticas e daí o meu "entusiasmo". Mais uma vez as minhas desculpas se "molestei" alguém. Não foi minha intenção...

5:35 da tarde  
Blogger José Raposo said...

Biranta compreendo o entusiasmo, e às vezes tb me deixo levar pela emoção... mas temos de acabar a nossa tarefa aqui no Eleito com uma jantarada e por isso não nos podemos incompatibilizar fortemente :)

11:03 da tarde  
Blogger Biranta said...

Tá combinado! Vou adoptar a estratégia de "esclarecer" as minhas intenções no final de cada post, para preservar as susceptibilidades.

10:55 da manhã  

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