A Mãe De Todas As Ingerências
Num dos debates, Manuel Alegre disse que dissolveria o parlamento se a privatização da água fosse aprovada, porque "a água é um direito". Eu compreendo que face à insignificância da candidatura a questão da ingerência e a questão do disparate tivessem passado um bocadinho ao lado, mas acho que deveria ser usado o mesmo rigor analítico e o mesmo disparatrómetro na análise as diversas propostas dos vários candidatos. Independentemente de um ser quase Presidente e outro ser quase um rodapé de uma página.
3 Comments:
O Mário tb considera que se deva dar a mesma atenção ao Garcia Pereira se ele disser que pretende reinstalar a colectivização dos meios de produção a partir de Belém? Em relação a Alegre a reacção foi ainda pior que aquela que sofreu Cavaco... foi a do "coitado, não sabe o que diz" pelo menos Cavaco foi levado a sério
Hummm... Já chegámos ao ponto «Aquele menino também disse»? É apenas isto que se pode dizer em defesa de Cavaco?
Se Alegre for eleito Presidente tem tanto direito a dissolver o Parlamento, se e quando achar que se justifica, como qualquer outro.
Ou será que o parlamento só pode ser dissolvido, como o fez Sampaio, como acto inserido numa conspiração, mafiosa, à ordem de mafiosos, depois de se recolocarem as "peças" do xadrez político, de modo a permitir todo o controlo do poder por parte de alguns grupos sem escrúpulos?
Acho que percebno os vossos receios e, neste caso concreto, concordo com Alegre!
Era o que faltava, sendo ele o eleito, que exercesse o seu cargo sujeito aos critérios dos outros...
O presidente é o garante do funcionamento das instituições. Por isso se podem assacar aos Presidentes, por igual com os governos, as culpas da nossa desastrosa situação.
A solidariedade institucional do Presidente, deve ser com o povo que o elegeu e com país e não com um qualquer governo controlado por criminosos, que só comete crimes absurdos e que nos destrói. Nisso, é o critério do Presidente que deve ser aplicado. Aqui não há nada de inconstitucional!
Pena é que os Presidentes que temos tido, até hoje, sejam da mesma corja dos governos...
Essa tentativa de condicionar, à partida, as "competências" do presidente, com critérios tendenciosos e avaliações subjectivas e sectárias das normas constitucionais é típica de quem não sabe nem quer viver em democracia (nem mesmo com a pouca que existe), mas que, sobretudo, não aceita nem consente que se resolvam os problemas do país. Não tem interesse nisso...
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