O Eleito

terça-feira, outubro 25, 2005

Sistemas Desenvolvidos

A propósito do padrão descoberto pelo Karloos, a única forma que eu encontro de ligação reside no facto de o Monarca ser tido como alguém longe do círculo político (e isto não é necessariamente verdade; afinal é um cidadão), o que permite pensar que colocará em primeiro lugar a Nação, não tendo necessidade de seguir caminhos populares ou fáceis que lhe podem custar o Poder, pois o Poder é hereditário; ninguém lho tira, em teoria.
Além disso, assume-se como um ponto de união da população, podendo servir de foco de estabilidade em crises políticas e não só. Podem, assim, contribuir para uma melhor imagem de identidade nacional, de respeito e orgulho no Passado. Tal imagem pode potenciar o empenho da população em resolver os problemas do País. Se o PM disser que "é preciso cortar a direito para salvar a nau" terá greves e agitações; mas se o Rei assim o indicar, decerto essas greves não terão lugar ou serão menos violentas.
Não se deve porém induzir que todos os Monarcas assentam nesta luva, e talvez só em países ocidentais (os do ranking...) onde os Reis são controlados por uma severa Constituição eles possam ser, realmente, uma mais valia.
Quanto ao sistema presidencialista, não tenho nada contra. A separação de poderes, tão propalada, assenta em três vectores: Executivo, Legislativo e Judicial. Não sei, realmente, porque é que o Executivo há-de estar ao cargo de duas figuras com um potencial de antagonismo (ideológico, pelo menos) enorme, como aconteceu em 1986-95. Mesmo assim, e porque também não percebo para que servirá um PM na França, proponho um sistema parecido com o alemão, onde "é lei" governar com Maioria Absoluta. Esta história da representação proporcional é muita conversa e pouca acção. E precisa-se de acção.
Tiago Alves

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