A Sondagem Do DN - Contraditório
Eu acho que é de uma demagogia (é a única palavra que me ocorre) extrema insistir em considerar o prof. Cavaco, assim como o PSD, de esquerda. E passo a explicar.
Aceito que o termo "social-democracia" seja considerado esquerdista em todo o lado menos em Portugal. O SPD, que se pode considerar o partido mais irmão do PSD nacional enquadra-se, provavelmente, numa área que devia ser defendida por um Partido Socialista. Ora cá co-existem, em teoria, dois partidos em representação da mesma área ideológica, certo? Não!
O Partido Socialista não defende o socialismo. Socialismo é planeamento central, é uma sociedade estatizada, é ausência de propriedade privada, é a redistribuição como um fim, é o fim do mercado, é, em última análise, o controlo do Indivíduo pelo Grupo (personificado pelo Estado, enquanto garante do que é melhor para o povo, qual Taylor paternalista). Isto é o epíteto da Esquerda. O PS não defende este caminho desde que, diz-se, Soares meteu o Socialismo na gaveta.
O Partido Social Democrata não defende, pelo menos a 100%, a Social-Democracia. Confrontado com as posições originais de Soares, Sá Carneiro fundou uma corrente ideológica única, fruto das contigências especiais de Portugal à época. Colocou-se à Direita do PS sem se colar à Direita da Quadratura (tal coisa seria impossível naqueles tempos, como se compreende). À medida que o PS se afastava dos PC's, o PSD colocava-se na sua posição de agora e Sá Carneiro, secundado pelos seus pares (onde se contava, já com alguma influência, Cavaco Silva), compreendeu que o caminho era o da Direita (enquanto garante da liberdade individual e da iniciativa privada) socialmente responsável (porque a vida dos portugueses continuava uma lástima, tal tinha sido a riqueza destruída pelo PREC).
Dos anos de Governo do prof. Cavaco Silva saúdam-se, sobretudo, o rigor (nas Finanças, no relacionamento com a sociedade); e a liberalização (da televisão, dos jornais, da banca). Tudo epítetos de Direita. Nem o PSD nem Cavaco são de esquerda. No máximo, o seu espaço pode-se confundir com o do PS, que de socialista (e quiçá, de esquerdista) não tem nada.
Aceito que o termo "social-democracia" seja considerado esquerdista em todo o lado menos em Portugal. O SPD, que se pode considerar o partido mais irmão do PSD nacional enquadra-se, provavelmente, numa área que devia ser defendida por um Partido Socialista. Ora cá co-existem, em teoria, dois partidos em representação da mesma área ideológica, certo? Não!
O Partido Socialista não defende o socialismo. Socialismo é planeamento central, é uma sociedade estatizada, é ausência de propriedade privada, é a redistribuição como um fim, é o fim do mercado, é, em última análise, o controlo do Indivíduo pelo Grupo (personificado pelo Estado, enquanto garante do que é melhor para o povo, qual Taylor paternalista). Isto é o epíteto da Esquerda. O PS não defende este caminho desde que, diz-se, Soares meteu o Socialismo na gaveta.
O Partido Social Democrata não defende, pelo menos a 100%, a Social-Democracia. Confrontado com as posições originais de Soares, Sá Carneiro fundou uma corrente ideológica única, fruto das contigências especiais de Portugal à época. Colocou-se à Direita do PS sem se colar à Direita da Quadratura (tal coisa seria impossível naqueles tempos, como se compreende). À medida que o PS se afastava dos PC's, o PSD colocava-se na sua posição de agora e Sá Carneiro, secundado pelos seus pares (onde se contava, já com alguma influência, Cavaco Silva), compreendeu que o caminho era o da Direita (enquanto garante da liberdade individual e da iniciativa privada) socialmente responsável (porque a vida dos portugueses continuava uma lástima, tal tinha sido a riqueza destruída pelo PREC).
Dos anos de Governo do prof. Cavaco Silva saúdam-se, sobretudo, o rigor (nas Finanças, no relacionamento com a sociedade); e a liberalização (da televisão, dos jornais, da banca). Tudo epítetos de Direita. Nem o PSD nem Cavaco são de esquerda. No máximo, o seu espaço pode-se confundir com o do PS, que de socialista (e quiçá, de esquerdista) não tem nada.
Tiago Alves
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