O Eleito

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Post Da Direita Estúpida (Eu Próprio)

Para alguns não é grave que a Esquerda diga que o terrorismo islâmico não é uma ameaça para o nosso país. Mas já se torna muito grave dizer que o terrorismo nasce da admiração por uma determinada ideologia. Querem fazer-nos crer que o terrorismo é um crime sem ideologia. É falso. Querem fazer-nos crer que as declarações do líder do CDS/PP são imbecis e que nascem do preconceito. É falso, essa afirmação tem muito estudo a confirmá-lo, muitos factos.
Ler os artigos do Henrique Raposo na revista Atlântico (sem link directo: procurar em Dossier / Londres sob ataque / Totalitarismo Islamita).
"Sobre esse tema, o mais importante hoje em dia, é a ligação entre o terrorismo de esquerda clássico e contemporâneo (o Terror – como arma política – começou em 1789) e o actual terrorismo islamita (não confundir com islâmico). O grande guru de bin Laden e afins – S. Qutb – adorava Lenine e afins"
"Hoje em dia, grupos terroristas islamistas treinam na Colômbia (FARC). Nos anos 70, os terroristas europeus treinavam com o terrorismo palestiniano, líbio e libanês. A ligação entre o extremismo de esquerda e o extremismo islamita (quer ideológica, quer operacional) é uma das realidades mais bem escondidas da actual agenda política e intelectual"

9 Comments:

Blogger Carlos Guimarães Pinto said...

Não é nada disto. A esquerda é boazinha, luta pelo povo. Hasta la vitoria, siempre!

10:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...sim, sem duvida que se tem de reconhecer que nesse aspecto a direita é muito "mais a frente".
Treinar em campos no Líbano ou em selvas na Colómbia, é uma coisa completamente ultrapassada e inútil!..
TERRORISMO DE ESTADO é que é o futuro, nada como ter uns quantos porta-aviões e poder bombardear "em qualquer hora e em qualquer lugar" e ainda tem uma grande vantagem, pode-se sempre dizer que se esta a lutar pela liberdade.

11:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

este raposo está mesmo na rampa descendente para o fascismo. directo.
e tu vais pelo mesmo caminho...
( muito estudo... muitos factos... palhaços!)
rui.david@gmail.com

12:29 da manhã  
Blogger Salvador said...

portanto, constestar o que foi dito ninguém contesta, óptimo.

12:39 da manhã  
Blogger Mário Almeida said...

Eu apenas acho que a palavra "esquerda" sozinha fica um pouco abandonada.

Acho que se devia acrescentar-lhe "radical" ou "extrema", ou qualquer coisa do género. Como de resto escreve o Henrique Raposo.

Eu penso que a extrema exquerda é terrorista, mas a esquerda não.

A esquerda só é condescendente. Quer negociar. Acha que pela via do diálogo se consegue convencer os terroristas. (sim, sim, estou a falar de quem estão a pensar)

Uma nota final para para o Ribeiro e Castro. É preciso coragem política para neste país à esquerda plantado dizer o que ele disse.

1:26 da manhã  
Blogger Salvador said...

repito: ninguém acusou a Esquerda de uma forma geral.

Mas não se pode negar as ligações ideológicas. E isso prova que Ribeiro e Castro não é um imbecil (ou não é menos do que o que eu sou).

1:33 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Salvador não contesto aquilo que escreve,(embora tenha alguma dificuldade em acreditar que o terrorismo islâmico seja uma ameaça ao nosso pais) ha sem duvida algumas organizações terroristas que têm como fundamento orientações de extrema esquerda, mas se concorda que o terrorismo tem ou busca fundamento em posições ideológicas de esquerda, também concordara que o "terrorismo de estado" que foi escrito num dos comentários anteriores tem fundamento nos interesses económicos da extrema direita.

1:51 da manhã  
Blogger Salvador said...

Caro Mário Lima,

o conceito de Terrorismo de Estado não é terrorismo. É uma forma de agressão e pode ser ilegítima, mas não podemos confundir conceitos porque senão não se consegue discutir nada.

Por isso considero que ligar a extrema direita, com interesses económicos e com terrorismo de estado é delirante.

Se me apontar um caso concreto talvez se possa discutir.

1:58 da manhã  
Blogger David Afonso said...

Não tenho pão para dar e muita pouca paciência para quem gosta de malabarismos. Se lhe faz bem à alma essa visãozinha maniqueísta, esteja à vontade, é tudo uma questão de conforto moral. Mas se se acha na condição de abordar seriamente esta questão faça o favor de decantar os conceitos. Não existe a Esquerda, esta denominação abarca demasiadas tendências e orientações e aqui nem todos os gatos são pardos. É óbvio que existe uma esquerda condescendente com algum terrorismo, contra essa esquerda acéfala sou o primeiro a lançar a pedra, eu que me digo de esquerda. Depois o termo terrorismo agora cola-se a tudo e mais alguma coisa, a tal ponto que no UK já se pede cautela na sua utilização pela imprensa.
Aceitando alguns dos pontos da argumentação que vincula algum terrorismo a alguma esquerda, subsiste o desagradável incómodo que é a existência de movimentos terroristas de filiação oposta, como os inúmeros grupúsculos de extrema direita presentes na américa latina reconhecidamente financiados pelos EUA e pelo tráfico (aliás, o tráfico também financia o terrorismo de esquerda, o crime não tem ideologia) e como as operações terroristas israelitas incentivadas pela direita (aviso que sou apoiante da causa israelita mas não à custa dos palestinos). Por cá também tivemos fenómenos, para além das FP25, que hoje em dia teriam sido imediatamente catalogados de terroristas e cuja matriz era de direita/extrema-direita e que se concretizaram em atentados às instalações de vários partidos de esquerda e até assassínio do Padre Max (uma dessas organiszações até dava pelo pomposo nome CODECO- Comando de Defesa da Civilização Ocidental, nada mau!). E o meu amigo não será condescendente com este tipo de terrorismo? Aposto que Ribeiro e Castro será...
Isto são factos. Depois existem questões que nos conduzem a situações paradoxais: o terrorismo basco, por exemplo, tem um pendor esquerdista (é à esquerda que o seu braço políticos se dirige), mas o seu discurso e os seus fundamentos ideológicos são muito próximos do ideário de direita e claramente conservadores (como é o caso flagrante de uma ideia arcaica de pátria que os anima). E o que dizer do terrorismo irlandês e da sua ligação ao catolicismo? E do terrorismo unionista e da sua ligação ao protestantismo? E do terrorismo islâmico? Por outro lado, a dinâmica de alguns desses grupos leva-os para uma lógica que nada tem de ideologia, transformado-se em meros grupos de malfeitores dedicados à extorsão, ao roubo e ao tráfico (o caso da irlanda do norte é um bom mau exemplo).
Em último caso, podemos até partir do princípio que este novo terrorismo nada deve à matriz clássica de esquerda/direita. Os especialistas na matéria não se cansam de demarcar este novo fenómeno do terrorismo dos anos 60/70 e do século XIX. Este é o meu ponto de vista.
Fazer o que fez Ribeiro e Castro é mais do que uma imbecilidade, é uma imoralidade porque para além de não corresponder à verdade, constitui uma embaraçosa tentativa de ganhar visibilidade política à custa da morte de muitos inocentes. Isso envergonha-me. Mereciamos melhores políticos, a direita merecia melhores representantes.

PS: acho que o comentário do karloos diz mais sobre si próprio do que sobre a esquerda.

7:55 da tarde  

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