O Debate Falso
Soares e Cavaco protagonizaram o debate mais esperado da pré-campanha. Ambos foram para o debate exigindo ao outro o que ambos sabiam que nenhum podia ter: ideias. Porque a função presidencial em Portugal não exige ideias, apenas prescreve a presença e o discurso conformista.
As questões colocam-se pois no plano pessoal. Não é outra coisa que está em questão nestas eleições, como digo desde o início. Soares optou fazer de Basílio Horta de Cavaco Silva, adoptando uma atitude desdenhosa e a roçar o arrogante. Fez mal. Foi à televisão falar para Cavaco, em vez de falar para o país. Ora, Cavaco é suposto votar nele próprio e o país já não tem paciência para o estilo.
A bem dizer aquilo não era um debate. Era um duelo. E, convenhamos, antigamente, de capa e espada, os duelos tinham muito mais estilo, graça e emoção. Muita gente deve ter mudado de canal.
As questões colocam-se pois no plano pessoal. Não é outra coisa que está em questão nestas eleições, como digo desde o início. Soares optou fazer de Basílio Horta de Cavaco Silva, adoptando uma atitude desdenhosa e a roçar o arrogante. Fez mal. Foi à televisão falar para Cavaco, em vez de falar para o país. Ora, Cavaco é suposto votar nele próprio e o país já não tem paciência para o estilo.
A bem dizer aquilo não era um debate. Era um duelo. E, convenhamos, antigamente, de capa e espada, os duelos tinham muito mais estilo, graça e emoção. Muita gente deve ter mudado de canal.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home