“Apanhados” Da Noite Eleitoral!
Na noite das eleições, Soares e os membros do governo que o foram “cumprimentar” confirmaram as minhas suspeitas, ao afirmarem, repetidamente, o sentimento de “missão cumprida” por parte de Soares; bem como o agradecimento pelo seu esforço e disponibilidade em prol “do País”…
Claro!
Missão cumpridíssima!
Sempre foi evidente que a missão de Soares era “proteger” Cavaco da indignação dos cidadãos em relação aos abusos e desmandos (crimes) que têm sido praticados pelo governo…
Eu sempre disse que o candidato de Sócrates era Cavaco (acho que Sócrates votou Cavaco e não Soares).
Também disse que a “missão” de Soares era eleger Cavaco (provavelmente, até Soares votou Cavaco).
Não é que isso me incomode, especialmente. É que não gosto de ver esta gente vigarizar e manipular “as massas”. Ainda por cima de forma tão primária e cretina como definir o objectivo principal de “derrotar Cavaco Silva”, todos contra Cavaco (assim como um osso que se atira aos cães) quando pretendiam exactamente o contrário. Quando eles deitam mão destes estratagemas, só pode ser para os piores fins possíveis. Além de que isto não ajuda nada, pelo contrário, à necessária e premente elevação do civismo e dignidade colectivos.
Só Ana Gomes destoou deste consenso, ao dizer que Alegre se devia sentir culpado… Ana Gomes faz parte do grupo dos que, quando abrem a boca, “ou entra mosca ou sai asneira”… como não havia moscas, por ali…
Ana Gomes denunciou, bem, a lógica, pérfida, dos políticos que não só desprezam os sentimentos e o querer da população, como acham que podem, sempre, manipular as vontades e impor as suas próprias escolhas… desde que não haja alternativa… Não se trata de proporcionar a melhor escolha, mas de impor a que lhes convém, liquidando as alternativas…
Alegre cometeu o pecado de lesa mafiosos de se assumir como alternativa ao “lixo” do costume.
Ana Gomes explicou, bem, que não adianta esperar convencer os políticos a terem um comportamento mais digno, mais democrático e mais idóneo, para com os cidadãos. Não adianta “argumentar”, com gente tão pérfida assim, porque “eles irão continuar a ignorar-nos e a cometer todo o tipo de desmandos, enquanto puderem, enquanto tiverem o controle absoluto e incontrolável do poder, dos meios de decisão. Como muito bem explicou, com estas palavras, Ana Gomes, para eles a vontade do povo só conta se for a imposta por eles e pelas suas manipulações…
Cavaco, no seu discurso de vitória, para se redimir da atitude durante a campanha, começou por agradecer (prestar vassalagem) às “personalidades” e aos partidos apoiantes, com menção explícita aos respectivos líderes.
Só no final do discurso vieram as palavras “de circunstância”, tais como “ser o Presidente de todos os portugueses”.
Esta estrutura do discurso é nova e diferente. Habitualmente, estes discursos começam com as palavras “de circunstância”.
A dúvida que me assaltou, desde logo, foi:
Será que Cavaco quis descansar os partidos seus apoiantes, quanto à vassalagem que entende lhes ser devida e lhes vai prestar? Ou será que fez exactamente o contrário, tentando “saldar” as dívidas, com este agradecimento e se libertar das algemas?
Não creio que Cavaco tenha estrutura intelectual nem de carácter para “se libertar das algemas”… Até porque tem muitos conceitos, perversos, coincidentes com os destes partidos (de todos os partidos). Mas cá estamos para ver!
Tal como censuro e condeno os actos condenáveis, também cá estarei, para aplaudir, se for caso disso…
Claro!
Missão cumpridíssima!
Sempre foi evidente que a missão de Soares era “proteger” Cavaco da indignação dos cidadãos em relação aos abusos e desmandos (crimes) que têm sido praticados pelo governo…
Eu sempre disse que o candidato de Sócrates era Cavaco (acho que Sócrates votou Cavaco e não Soares).
Também disse que a “missão” de Soares era eleger Cavaco (provavelmente, até Soares votou Cavaco).
Não é que isso me incomode, especialmente. É que não gosto de ver esta gente vigarizar e manipular “as massas”. Ainda por cima de forma tão primária e cretina como definir o objectivo principal de “derrotar Cavaco Silva”, todos contra Cavaco (assim como um osso que se atira aos cães) quando pretendiam exactamente o contrário. Quando eles deitam mão destes estratagemas, só pode ser para os piores fins possíveis. Além de que isto não ajuda nada, pelo contrário, à necessária e premente elevação do civismo e dignidade colectivos.
Só Ana Gomes destoou deste consenso, ao dizer que Alegre se devia sentir culpado… Ana Gomes faz parte do grupo dos que, quando abrem a boca, “ou entra mosca ou sai asneira”… como não havia moscas, por ali…
Ana Gomes denunciou, bem, a lógica, pérfida, dos políticos que não só desprezam os sentimentos e o querer da população, como acham que podem, sempre, manipular as vontades e impor as suas próprias escolhas… desde que não haja alternativa… Não se trata de proporcionar a melhor escolha, mas de impor a que lhes convém, liquidando as alternativas…
Alegre cometeu o pecado de lesa mafiosos de se assumir como alternativa ao “lixo” do costume.
Ana Gomes explicou, bem, que não adianta esperar convencer os políticos a terem um comportamento mais digno, mais democrático e mais idóneo, para com os cidadãos. Não adianta “argumentar”, com gente tão pérfida assim, porque “eles irão continuar a ignorar-nos e a cometer todo o tipo de desmandos, enquanto puderem, enquanto tiverem o controle absoluto e incontrolável do poder, dos meios de decisão. Como muito bem explicou, com estas palavras, Ana Gomes, para eles a vontade do povo só conta se for a imposta por eles e pelas suas manipulações…
Cavaco, no seu discurso de vitória, para se redimir da atitude durante a campanha, começou por agradecer (prestar vassalagem) às “personalidades” e aos partidos apoiantes, com menção explícita aos respectivos líderes.
Só no final do discurso vieram as palavras “de circunstância”, tais como “ser o Presidente de todos os portugueses”.
Esta estrutura do discurso é nova e diferente. Habitualmente, estes discursos começam com as palavras “de circunstância”.
A dúvida que me assaltou, desde logo, foi:
Será que Cavaco quis descansar os partidos seus apoiantes, quanto à vassalagem que entende lhes ser devida e lhes vai prestar? Ou será que fez exactamente o contrário, tentando “saldar” as dívidas, com este agradecimento e se libertar das algemas?
Não creio que Cavaco tenha estrutura intelectual nem de carácter para “se libertar das algemas”… Até porque tem muitos conceitos, perversos, coincidentes com os destes partidos (de todos os partidos). Mas cá estamos para ver!
Tal como censuro e condeno os actos condenáveis, também cá estarei, para aplaudir, se for caso disso…
Chateia-me esta sensação de desconforto que sinto, por me parecer que “Cavaco em Belém” vai ser pior do que foi “Santana em S. Bento”.
De qualquer modo foi uma noite enfadonha…. Com tudo a decorrer como previsto!
Publicado também em Editorial e em Sociocracia
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