O Eleito

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Inquérito Cívico: Jerónimo de Sousa (6 de 7)

6 – Muitos têm vindo a dizer que é no financiamento dos partidos que a democracia portuguesa sofre uma maior erosão. Que mecanismos sugere para alterar este estado de coisas?

O financiamento da nossa actividade partidária sempre foi transparente. No essencial o nosso Partido vive de receitas provenientes das quotas e contribuições dos seus militantes e do produto resultante de diferentes iniciativas.
Quando nós afirmamos ser contra a actual Lei de Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais é porque ela representa uma ingerência na vida interna dos partidos e tem como grande objectivo dar mais dinheiro do Estado aos grandes partidos, em particular ao PS e ao PSD, que hoje já vivem sobretudo à custa disso, e criar impossibilidades e dificuldades aos que, como o PCP, vivem sobretudo de receitas próprias conseguidas pelo esforço das suas organizações e militantes.
São exemplos disto, desde logo, o limite que a lei consagra à angariação de fundos provenientes de iniciativas especiais onde se inserem a Festa do “Avante!” e outras iniciativas político-culturais e as limitações impostas à forma de pagamento de quotizações.
A posição do PCP é inequívoca quanto a estas matérias.
Em primeiro lugar defendemos que se deve deixar aos militantes dos partidos o direito soberano para decidirem como os seus partidos se devem financiar.
Em 2º lugar estamos em absoluto de acordo com a exigência para que todos os partidos apresentem contas claras e de todas as suas organizações e estruturas, o que desde sempre temos feito, mas sem intromissões e comandos exteriores que visem uma intromissão na vida partidária, por nós considerada inadmíssivel.

1 Comments:

Blogger Biranta said...

No fim destes postes todos só me apetece dizer: Quanta falácia!
O PCP é tão responsável como os outros partidos pelo descalabro de situação em que vivemos. Também eles só querem mudanças desde que "debaixo da sua pata", sob seu controlo. Usam, sem qualquer pudor, toda a espécie de chantagens sobre a população, para se apropriarem das nossas "consciências", sob pena de colaborarem na "palhaçada" que nos tem destruído, como fazem sempre (e farão, em qualquer dos casos).
Também eles ignoram o querer e o sentir maioritários entre a população (por isso não se podem queixar de serem "ignorados". Mas eu acho que eles "gostam" disso. Gostam de participar na palhaçada, está-lhes "nos instintos")...

1:20 da tarde  

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